o conceito de sustentabilidade nasceu dentro da disciplina ecologia de populações, onde se verificou uma estreita correlação entre a população de seres vivos e o meio natural, surgindo a teoria de que em cada ecossistema se estabelece uma determinada população que não pode extrapolar a capacidade de suporte do meio. a aplicabilidade prática desse conceito teve início nos anos 1970 no manejo de áreas protegidas (parques e reservas biológicas). aos poucos o conceito que era exclusivamente aplicado na ciência ecológica foi sendo ampliado para as populações humanas, até que em 1992 tornou-se mundialmente conhecido com a proposição do relatório “nosso futuro comum” de que a crise ambiental sem precedentes na história das sociedades modernas exigia um “desenvolvimento sustentável”.
com essa proposição, começou um debate internacional em torno das várias dimensões da sustentabilidade, destacando-se as dimensões econômica, ambiental e social.
nos últimos 10 anos, estimulados pelos intensos debates sobre as responsabilidades e tarefas que são exigidas para enfrentar a crise ambiental, tem sido destacado o papel e o poder dos indivíduos em operar mudanças por meio de um consumo cada vez mais responsável de bens e serviços. reconhecer a possibilidade desse protagonismo, é o eixo do módulo aqui proposto, em oposição à ideia de que só “processos sociais” orientados por políticas públicas podem mudar a realidade.
sem diminuir a importância das esferas política e social coletivas, a discussão que desejamos promover com este módulo aborda aspectos éticos, culturais, portanto que orientam as ações dos cidadãos comuns no seu dia a dia e na forma com fazem suas escolhas mais ordinárias como comer, educar os filhos, decidir como utilizar o seu tempo de lazer e de como contribuir para a sociedade em que vive.
gravado em novembro de 2009.
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